top of page
A arte culinária na Bahia
Manoel Querino
 

"Manuel Querino certamente inaugurou um olhar e um estilo no entorno da matriz africana, baseado em suas vivências pessoais no Recôncavo Baiano. A Bahia por ele interpretada vem untada de dendê e carrega essa forte e estimada afrodescendência de iorubas, fons e muitos povos bantos. É a Bahia das festas públicas, das festas intramuros dos terreiros de candomblé. É a Bahia dos pratos e bebidas dos dias de celebrar santos, como Cosme e Damião, com o quiabo; Santo Antônio, com o licor de jenipapo; Omolu ou Abaluaiê, com a pipoca; e o Menino Deus com a rabanada. É a Bahia do coco da Índia, das pimentas nativas e exóticas, da massa de carimã, dos temperos sofisticados da Costa para dar novos sabores, especialmente ao caruru. É a Bahia do mingau de tapioca e de milho, do mungunzá também enriquecido com cravo e canela do Ceilão, também usados em outros pratos salgados para aguçar o gosto e ampliar o odor."

bottom of page