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Alfabeto Quilombola
Paulo Henrique Lacerda Gonzaga
"O material metodológico didático surge do diálogo entre a Comunidade Quilombola Baú e interessados na desconstrução do preconceito, e no apoio as melhorias educacionais. A comunidade emerge com uma preocupação na real identidade dos mais novos quanto ao ensino aprendizado. A partir de conversas com a Comunidade e o EIV – Estágio Interdisciplinar de Vivencia1 foi possível observar uma parcial da realidade enfrentada por essa Comunidade Quilombola na região do Vale do Jequitinhonha. Compreenderam-se carências quanto as Políticas Públicas de Igualdade Racial e educativa nessa comunidade, o que impulsionou este trabalho.
O maior desprovimento em Políticas Públicas identificado, e que chamou a atenção, foram às imbuídas na educação. Sendo grande parte das comunidades atendidas de forma precária no primeiro ciclo do ensino fundamental. A partir desta realidade foi feito um relatório sobre a atual situação da escola da Comunidade Baú, e lançou-se parceria entre a Comunidade, a UFVJM e a autoridade de direito (Prefeitura) no intuito de melhorias necessárias na escola.
Este material didático é marcado pela participação da Comunidade Quilombola do Baú em sua construção. Uma cartilha foi idealizada e realizada por meio de reuniões comunitárias, em que foram elaborados temas abordados em 16 entrevistas com moradores do Quilombo e Povos de Terreiro. Além de oficinas de construção dos materiais pedagógicos, que por sua vez são uma construção coletiva.
O Alfabeto Quilombola é uma das metodologias que podem ser implantadas como Material Didático em quaisquer Comunidades Quilombolas, pois conta com a identificação desses grupos em parceria com as teorizações educacionais propostas por discentes da UFVJM. Logo, esse material foi versado por vários discursos que privilegiaram a realidade da Comunidade Quilombola Baú, mas tem sua essência a busca por melhorias em diversas escolas de Comunidades Quilombolas.
A luta pela educação quilombola continua, assim como luta pelo território.
Pois o povo Quilombola enseja sua liberdade e seus territórios. Agradecemos."
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