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Revista O Menelick 2º Ato  

Edição X

Capitaneada pelo músico, produtor, DJ e agitador cultural Eduardo Brechó, e seu generoso acervo de discos com os mais variados swings do que conhecemos como música negra para dançar, o coletivo Alá- fia (formado há pouco mais de um ano e meio na cidade de São Paulo) com seus shows concorridos, performances elogiadas e parcerias cults, encerra o ano como uma das gratas revelações da movimentada cena independente musical paulistana. “Nossa proposta está bastante ligada à luta da juventude negra e à cultura de quebrada. É música afrourbana na essência. Até agora, Texto Nabor Jr. / Colaboração Liliane Braga (Quisqueya Brasil) / Foto Diana Basei (dianabasei.com) todos nossos shows e trabalhos têm sido ligados a essa estética. O nosso público nos reconhece nesse lugar também. Desde o começo da banda não queríamos ser levianos ou superficiais nos assuntos e temas que tratamos”, enfatiza Brechó. A previsão do grupo é a de que o lançamento do aguardado combo “CD, disco virtual e vinil” (que já esta sendo gravado) aconteça ainda nos primeiros meses de 2013 através de uma recém fechada parceria com a YB Music (que já produziu nomes como Coletivo Instituto, Curumin, Nação Zumbi, Turbo Trio, Clube do Balanço, Trio Mocotó, Z´África Brasil entre outros). Porém, a curiosidade por trás da jovem e até aqui bem sucedida trajetória do grupo está no coringa que o coletivo carrega nas mangas, semelhante ao que – guardadas as devidas proporções - na recente história da música independente de São Paulo, através do olhar atento do produtor Daniel Ganjaman fez bombar o Coletivo Instituto e o rapper Criolo: a convergência de interesses sonoros aliada a uma bem ajustada união de talentos individuais em torno de um projeto em comum. Além de uma boa pitada daquilo que o poeta Vinícius de Moraes costumava chamar de: “a arte do encontro”. E é justamente neste ponto que reside os mistérios que envolvem a “cósmica” formação do Aláfia...

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