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Estudos Tupis e Guaranis

Frederico G. Edelweiss

 

"Não é grande o número daqueles que se dão boa conta da onipresença do tupi na vida brasileira e, por isso, nem sempre é com justiça que se tala em tupimania, vendo demasia em todo esfôrço, que procura dar o devido relêvo ao muito, que devemos ao povo dominante em nosso litoral à chegada do europeu.
Entretanto, o apôdo, cujos laivos de menosprêzo têm a sua origem no despreparo da grande maioria dos nossos tupinistas, justitica-se, quando profliga certos exageros e generalizações, principalmente no campo etimológico, onde pululam os pseudo-entendidos carentes de mais comezinho preparo - os etimologistas de vocabulários.
Evidentemente, não bastam léxicos para discutir tatos de linguagern, destrinçar procedências ou compor têrmos novos, tanto mais, quanto os vocabulários tupis existentes pertencem a épocas e regiões diversas, representam dialetos vários em estádios entre si remotos. Se neles há vocábulos iguais, também os há divergentes, de forma e sentido, em número muito maior.
Essa diversidade léxica não podia passar despercebida aos interessados e nos mais escrupulosos devia provocar uma prudente tomada de posição.
O procedimento, no caso mais consentâneo ao espírito cientifico, fôra a seriação preliminar dos léxiCos por dialétos, épocas e áreas, que nortearia todo critério, dando consistência às deduções. Todavia, uma cousa é lobrigar o certo, e outra mais árdua é acertá e nivelar o caminho, que a ele coduz."

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