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Fotobiografia
João Cândido

ACAN

Petrobrás

Fundação Banco do Brasil

​​"Ao escolher o homenageado deste ano – o marinheiro João Cândido, principal líder da Revolta da Chibata ocorrida em 1910 – o Projeto Memória, em sua 11ª edição, mantém sintonia com as tendências que procuram ampliar a conquista de Direitos Humanos básicos numa sociedade tradicionalmente marcada por desigualdades e injustiças sociais.Acreditamos na importância da valorização de personagens que contribuíram para a formação nacional brasileira – seja através de obras escritas, como de ações concretas, exemplos, palavras e gestos criativos e transformadores.Este livro fotobiográfi co, distribuído para mais de 5 mil bibliotecas públicas em todo o país, resulta de pesquisa em importantes acervos documentais (textos e imagens) que trazem à tona a história, nem sempre bem divulgada, das condições de vida da maioria da população brasileira e dos caminhos encontrados para sobreviver e, mesmo, alterar tais situações. Está claro que não se pode mudar o que já passou, mas é possível modificar nossa percepção sobre este passado. Pretende-se assim, ao lado do importante trabalho de divulgação, uma contribuição à historiografi a sobre o assunto.Homenageando pela primeira vez um negro no Projeto Memória, apresentamos a trajetória marcante deste indivíduo nascido em 1880, fi lho de escravos, e incluímos referências ampliadas: ao conjunto dos 2.300 marinheiros participantes do episódio que terminou com os castigos corporais na Marinha de Guerra, ao contexto da época, às questões mais abrangentes da cultura, da História do Brasil e de temas atuais.

O Projeto Memória, uma iniciativa da Fundação Banco do Brasil em parceria com a Petrobras, associando-se neste ano à Associação Cultural do Arquivo Nacional (ACAN), reconhece que a história de um país é ponto chave para compreendermos o presente e prepararmos o futuro. Trazer à tona a permanência das teias do passado (gerado, primordialmente, pelo trabalho escravo e baseado na grande agricultura monocultora de exportação) é tocar em preconceitos, desigualdades e violências ainda hoje mal resolvidos, apesar das conquistas e melhorias. E tal escolha do tema aponta, sobretudo, para a disposição em transformar democraticamente tal realidade, valorizando a afirmação dos Direitos Humanos no Brasil em suas variadas dimensões.Este livro faz parte dos materiais do Projeto Memória, interligados à mesma temática e distribuídos em alcance nacional.Tal iniciativa ocorre num momento em que o Estado nacional brasileiro começa a assumir postura expressiva diante do legado de João Cândido e dos marinheiros que participaram da rebelião - e que pode ser resumida na concessão de anistia póstuma a estes personagens, aprovada por unanimidade no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República em 23 de julho de 2008, além de outras iniciativas ofi ciais e, sobretudo, da sociedade civil.É responsabilidade coletiva garantir que os Direitos Humanos sejam realidade para todos, independente de posição social, nível de instrução, gênero, religião, cor da pele, opção política, etc. Aproximando-se o centenário da Revolta da Chibata, podemos constatar que a vida de João Cândido traz muitas lições para aprendermos e ensinarmos: virar as páginas de sofrido passado em direção a um futuro melhor."​ ​

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