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Kindezi
Kindezi:
A arte Kôngo de cuidar de crianças
K. Kia Bunseki Fu Kiau e
A.M. Lukondo-Wamba
 
"Fu Ki-Au está nos trazendo à tona o ponto de vista de que, numa maneira claramente crítica, enquanto a infância é tão desvalorizada na sociedade européia, a civilização Africana é centrada na criança. Isso torna-se claro ao passo que compreendemos a vida humana no contexto espiritual da comunidade: um processo infinito de nascimento, desenvolvimento, transformação e responsabilidade. O bem-estar da comunidade depende da saúde e integração da totalidade, do amadurecimento das pessoas que lhe constituem como membros.
 
Assim, Kindezi é uma arte focada não apenas no cuidado dos jovens da sociedade, mas no crescimento do Ndezi (o cuidador, aquele que pratica a arte da Kindezi). Em outras palavras, ao passo que uma pessoa desenvolve as habilidades da Kindezi, desenvolve-se a si mesmo. Ndezi deve ajudar o muntu, o “sol vivo” a “brilhar” (6); e, no processo, ele/ela aprende como “brilhar” com o poder do “sol vivo”. Porque esse processo é contínuo, a maior Kindezi(experiência de serviço para a comunidade) descansa com os anciãos. Na sociedade Africana, os anciãos são aqueles que tornaram-se fisicamente mais debilitados, mas que são espiritualmente mais fortes, porque eles cresceram ainda mais no desenvolvimento pessoal e se moveram para mais perto dos Ancestrais, para o mundo spiritual e a própria “Força da Vida”  (Kalunga). Um ancião não é apenas uma “pessoa mais velha”, mas é alguém ainda “mentalmente e espiritualmente forte e sábio o bastante, não apenas para manter a comunidade unida, mas acima de tudo, para construir a fundação moral da comunidade jovem e das gerações que virão”
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