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Revista O Menelick 2º Ato
Edição VI
Já se vai um ano desde o lançamento da edição 00 da revista O Menelick 2º Ato – Afrobrasilidades & Afins. Desde então, mesmo sufocados cotidianamente por uma avalanche de novidades e possibilidades digitais, continuamos abrindo mão das comodidades tecnológicas e valorizando o valor afetivo que o papel exerce sobre nós. Sustentada por uma proposta gráfica ousada, jovem e com um conteúdo editorial que privilegia a mais nobre arte do jornalismo, a reportagem, esta voltada às manifestações artísticas e culturais que dialogam com o universo afro, popular e urbano, publicamos os seis primeiros números da revista. Não demorou muito para que o formato de bolso, agradável ao tato, bem acabado e colorido, com textos sérios, inéditos e com os quais nos informamos e, principalmente, nos identificamos, caíssem no gosto das pessoas. Embora nosso principal propósito seja a informação, a reflexão e o aprendizado através do texto, é inegável dizer que a revista tornou-se conhecida (mesmo que em um universo pequeno) especialmente por sua proposta estética. Trezentos e sessenta e cinco dias depois acreditamos que este ciclo estético que iniciamos em maio de 2010 se encerrou. Obviamente a essência e a missão da revista continuam as mesmas, bem como os ideais de falar com e para os nossos, como quis o poeta Deocleciano Nascimento, que em 1915 fundou a pedra fundamental do nosso projeto, o jornal O Menelick. É por isso que protagonistas cultuais, movimentos e produções artísticas essenciais no processo de construção e consolidação da identidade negra no Brasil (e no mundo) vão continuar ocupando nossas páginas. Mas esteticamente inauguramos uma nova fase, que marca a entrada do ano II da revista. Optamos agora por uma proposta gráfica alinhada ao tribalismo africano, ao construtivismo russo, privilegiando as linhas retas e os espaços vazios, buscando dentro das nossas possibilidades, a vanguarda desta honrosa trajetória que imprensa negra brasileira construiu ao longo dos anos. Como você deve bem ter reparado, a revista também cresceu: em tamanho e em conteúdo. Esperamos ter lhe surpreendido. Positivamente, é claro. Seja bem vindo ao segundo ano da caixa preta do jornalismo cultural afro, popular e urbano brasileiro. Boa leitura