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O Negro encena
A Bahia
Luna Nery
 

 

"O cinema se apresenta como um produto de interação socialmente compartilhado; trata-se de um poderoso instrumento de disseminação de modelos homogeneizadores, capaz de retratar, ratificar e naturalizarestereótipos consolidados no imaginário social. A proposta deste livro é tecer análises a respeito de representações étnicas em filmes longa-metragem de ficção baianos, ressaltando o negro como foco principal sem excluir outros grupos, já que o objetivo é tratar de um contexto relacional em que negros, brancos e mestiços estão implicados histórica e socialmente.
A abordagem deve ser multicultural, já que a própria noção do não étnico é questionável; afinal, não parece ser correto projetar algumas pessoas como étnicas e outras como estando além da etnicidade. Este livro também tem o intuito de reforçar a fala de Xavier (2006, p. 18), que critica o “dogma da autorrepresentação” visto como fórmula exclusiva da resistência à opressão, “quando se entende que só negros podem falar de negros, só homossexuais podem falar de homossexuais, e assim por diante, num princípio em que a única coisa que vale é a autoridade somática.”..."

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