Amanda Sônia López de Oliveira

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"A palavra inaugura o mundo e perpetua a memória. Rompe o tempo, transpõe espaços. A palavra transcende o homem. Através da língua o homem existe socialmente, age politicamente, domina saberes e ideologias, constitui e caracteriza um povo, uma cultura, uma nação enfim. Constatando-se a relevância da língua na constituição do homem e do mundo que institui, justifica-se o estudo dos remanescentes lingüísticos africanos em Minas Gerais – saberes lingüísticos que transcenderam o homem à medida que driblaram adversidades a favor da conservação de uma história. Houve, até poucos anos em Minas Gerais, cerca de dez comunidades falantes de remanescentes de línguas africanas. Algumas foram documentadas, outras apenas identificadas.1 Este trabalho reúne os vocabulários documentados em sete dessas comunidades."