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Porque Prevaleceu a Paz
Moçambicanos respondem
Lucia Van den Bergh
 

 

"Foi muito interessante para mim ler o livro escrito por Lucia van den Bergh, antiga representante da AWEPA em Moçambique, que trabalhou nesta capacidade durante seis anos demonstrando um empenho impressionante e duradouro.

As pessoas dizem que a África do Sul é um “milagre”. A política do apartheid com toda a sua intimidação, opressão e agressão terminou, não com um banho de sangue, mas por meios pacífi cos. Esta resolução não violenta aconteceu graças à sabedoria de ambos os lados, o oprimido e o opressor.

Mas há muitas razões pelas quais Moçambique pode ser considerado também um milagre, embora tenha passado por um processo diferente do da África do Sul. Moçambique é visto por todo o mundo como tendo obtido um processo de paz de sucesso, mas não é dada muita atenção aos factores que tornaram Moçambique único. É o que este livro faz!

É um livro particularmente interessante porque se baseia em informação prestada por pessoas que desempenharam papéis cruciais na fase de transição em Moçambique, desde a guerra até à paz. Moçambique é único na sua combinação de transição sem atritos de um movimento de guerrilha para um partido de oposição, de desmobilização eficaz e ausência de uma comissão de verdade e reconcilização tal como ocorreu na África do Sul – para não mencionar a ausência de julgamentos de crimes de guerra!

Como foi isto possível? O que impediu o processo de paz de colapsar? Porque funciona um parlamento multi-partidário nesta situação? Este livro conta uma estória que não foi contada antes e será um trabalho infl uenciador para quem quer que pesquise ou analise guerras civis.

Sinto-me grato por a AWEPA ter tido a oportunidade de estar intensamente envolvida no período seguinte ao Acordo de Paz de Roma e agradeço aos nossos parceiros em Moçambique que aceitaram a AWEPA como aliada no processo de paz e desenvolvimento.

Também gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer ao pessoal da AWEPA em Maputo, em especial a Obede Baloi e Telma Manhiquene, e em Amestardão especialmente a Tamme Hansma, sem os quais não podíamos ter dado a nossa modesta contribuição."

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